O FUTURO DO PODER



              Barack Obama foi reeleito para comandar a nação mais poderosa (em que contexto?) do planeta.
            Vamos relembrar seu discurso em 2009: “nosso poder aumenta mediante seu uso prudente, nossa segurança emana da justiça de nossa causa, da força de nosso exemplo, das qualidades sóbrias da humildade e da moderação”.
            Quando a Rússia tentou “comprar” a liberdade e o sonho dos jovens daquele país com o Poder Duro, enfraqueceu a nação e semeou medo e desconfiança. O analista russo Alexei Mukhin resumiu bem o conceito: “O amor adquirido com dinheiro não dura muito. Isso é amor comprado. Não é muito confiável”.
            Do outro lado, em 2006 a China resolveu apostar no poder brando e se consolidou em agosto daquele mês na atuação do Jogos Olímpicos. O presidente Hu Jintao abriu a Cultura do país para que jovens de várias partes do planeta pudessem levar ao mundo centenas de sucursais do Instituto Confúcio, para promover a cultura chinesa no globo. As pesquisas de opinião revelaram uma melhoria fantástica em sua reputação internacional.
            Quando os EUA caíam, a China crescia e centenas de milhares de autores orientais seguidos dos resolutos ocidentais acompanhavam e tuitavam as notas, que dia a dia eram estampadas nas capas de jornais de todo o mundo.
            Na verdade, de todas as previsões em moda de a China, Índia ou Brasil superarem os Estados Unidos na próxima década, nada é mais provável de que as maiores ameaças podem vir dos “bárbaros modernos e dos atores não estatais”. (pg 13)
            Em um mundo baseado em insegurança cibernética, a difusão do poder pode ser uma ameaça maior que a transição do poder.

            O que vai significar exercer o poder na era da Informação global do século XXI?
            Que recursos produzirão poder? Nesta era, a revolução da informação e a globalização estão proporcionando novos recursos para os atores não estatais. Em 11 de setembro de 2001, um ator não estatal matou mais pessoas em Nova York do que o Estado do Japão em Pearl Harbor em 1941.

PODER INTELIGENTE

            É a combinação do poder duro da coerção e do castigo com o poder brando da persuasão e atração. (p14)
            Os EUA criaram a Comissão de Poder Inteligente, no Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais.
            A conclusão dos especialistas era de a imagem dos EUA declinou e que agora era preciso deixar de exportar medo e passar a inspirar (Barack Obama?).
            O poder sempre depende do contexto: uma criança que domina o game pode não saber jogar bola, ou nem mexer uma peça no tabuleiro de xadrez, ou ainda se perder numa sala de aula ordenada.
           
            Hoje o mundo vive em tabuleiro de Xadrez Tridimensional. Analise o gráfico do poder mundial atualmente em anexo:

          No topo está o poder militar, unipolar, onde por enquanto os EUA podem se manter um por um tempo;
No meio o Poder econômico vem ganhando destaque e potências como Índia, China e Brasil vem ganhando destaque.
Na base, e o mais premente grupo está o grupo que inclui as relações transnacionais, banqueiros que transferem bilhões de dólares num clique de um continente a outro e a nova categoria dos cyber criminosos e atores não estatais.